
Tre Bicchieri 2026: o raro vinho de Molise que, pela primeira vez, conquista o mais alto pódio italiano
Um blend vigoroso de Montepulciano e Aglianico — ao lado da emblemática Tintilia — que simboliza o renascimento majestoso de Molise.
Se você não é um colecionador obstinado de rótulos, é provável que jamais tenha provado — ou sequer ouvido falar — de um Biferno Rosso. E não se culpe: até entre enófilos experientes, poucos saberiam localizar essa denominação no mapa da Itália.
Mas aqui está o fato que está movimentando o universo do vinho: pela primeira vez na história do prestigiado Guia Gambero Rosso, um Biferno Rosso conquista o cobiçado Tre Bicchieri.
O protagonista deste feito é o Biferno Rosso Ramitello ’21 da Di Majo Norante, um corte de 80% Montepulciano e 20% Aglianico, de textura suculenta e estrutura imponente — um rótulo que personifica a nova era de Molise.

Durante décadas, a região permaneceu discreta, produzindo vinhos majoritariamente para consumo local. Mas a pacata Molise despertou. Vinhas antigas e produtivistas deram lugar a cultivos de precisão, voltados à qualidade e identidade territorial.
No centro dessa revolução está a Tintilia, uva autóctone que quase desapareceu nos anos 80 e hoje é símbolo de resistência e autenticidade. Ao seu lado, Montepulciano e Aglianico não atuam como meros coadjuvantes — juntos, formam um trio que reposiciona Molise como uma das mais intrigantes promessas enológicas da Itália.
Molise pode ser pequena em escala, mas é justamente essa rareza que a torna desejável. Produções limitadas, conexão profunda com a terra e autenticidade preservada — um terreno fértil para os paladares que buscam descobertas antes que o mundo inteiro as descubra.

Se você é movido pela curiosidade e pelo prazer de provar o extraordinário antes da maioria — este é o momento de colocar Molise na sua taça.



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